Um fanzine realizado com sentido
estético invulgar. Vê-se que quem o faz
tem talento grande e sensibilidade imensa. Sente-se
isso na composição, nos grafismos, nos
textos. Leia-se um excerto:
"em dezembro, quando era
criança / ficava à janela / a ver a
chuva e o mundo passar / Os tempos mudaram / já
não fico à janela.
Poesia nos textos, criatividade
nas imagens. Um fanzine a acompanhar com atenção.
Durty Kat
nº 4
Janeiro de 2002
Editautora - Ana Ribeiro
Formato A5 - Capa + 16 páginas
não numeradas
Participaram neste número do fanzine Banda,
entre outros: Agonia Sampaio, Arthur Garcia (um jovem brasileiro que
viveu durante algum tempo em Portugal e por cá deixou rasto de
qualidade), Diniz Conefrey, Fernando Martins, Jorge Mateus, Rui Lacas,
Nuno Saraiva e Pedro Morais, na componente banda-desenhística.
No
que se refere aos textos, Rui Brito assina os principais: uma extensa
entrevista com Nuno Saraiva, e um excelente estudo sobre fanzines.
Da
entrevista com Nuno Saraiva ressalta, para além de muita informação
sobre o então novel autor, imagens de séries em que ele trabalhava na
altura: Ted Sponja, e Zé Inocêncio.
No
que concerne ao estudo sobre fanzines. Rui Brito faz uma boa análise
sobre o tema, de que se podem destacar algumas ideias: "Apesar de todas
as contrariedades, os fanzines teimam em existir". "Fanzines, o
equilíbrio instável" "O fanzine tem, decididamente, uma importante
função na promoção da banda desenhada e de novos desenhadores".
Banda - Fanzine
Nº duplo 11/12
Abril 1990