quinta-feira, 26 de maio de 2016

Viriato - Um fanzine monográfico












Um caso especial, este. Trata-se da recuperação de uma banda desenhada, com o título Viriato, que teve a sua primeira publicação nos anos cinquenta do século passado, na revista Cavaleiro Andante (do nº27 ao nº60, entre 1952 e 1953).

A dita recuperação foi feita num único volume - um fanzine tipo fanálbum, ou mini-álbum, cujo título tem de ser o da obra publicada - em edição do Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu (Gicav). 

Ora sendo o Gicav um grupo de índole cultural sem finalidades lucrativas, e esta edição não ser destinada a venda mas sim a ofertas (escolas, associações, bibliotecas), insere-se a publicação claramente na definição de fanzine/fanálbum (*).

Ficha técnica
Título: Viriato
Autor: José Garcês
Edição: Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu (Gicav)
Paginação e tratamento de imagens: Carlos Rico
Impressão: Edengráfico S.A. (Viseu)
Tiragem: 500 exemplares
Agosto de 2015

(*) Fanálbum por se tratar de uma peça única, sem continuidade, portanto um álbum. Pode dizer-se que é editado por um fã, neste caso um fã colectivo de índole cultural. 

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Fanzineteca de Badajoz







Catálogo


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En estos momentos estamos procediendo a catalogar los fanzines recientemente adquiridos por la biblioteca. Debido a la naturaleza de los mismos, los usuarios podrán consultarlos pero no sacarlos en préstamo (muchos son ejemplares únicos, raros, de pocas páginas o muy frágiles). De todas maneras, la amplia mayoría pueden leerse en unos pocos minutos. Estamos encontrando muchas dificultades en su catalogación precisamente debido a su naturaleza marginal, de autoedición o carácter underground: la gran mayoría de ellos son editados por los propios autores y no cuenta con una editorial que las publique y, por ende, desconocemos el lugar de edición y el año en que se realizaron.
También incorporaremos los fanzines ya existentes en el fondo general de préstamo de nuestra biblioteca. Muchos de ellos sí son prestables, ya que son lecturas mucho más dilatadas y sus ejemplares son más fáciles de reponer y/o conseguir.
Marcos González Pizarro. Técnico Bibliotecario. BPE Bartolomé J. Gallardo
marcos.gonzalez@gobex.es

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Mientras los técnicos de la Biblioteca terminan el proceso de catalogación, en esta sección, Nuestro Fondo, mostraremos algunos de los fanzines que van a formar parte de nuestra coleción. Aperecerán en orden alfabético. A una pequeña fotografía de sus portadas hemos añadido algunos datos básicos cono son sus autores, editores, lugar y fecha de edición, así como su temática y una dirección web, en caso de existir, donde puedas obtener más información.





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(*) Há casos em que chamam "fanzinotecas" em vez de fanzinetecas. Seria o mesmo que escrever "cinemotecas" em vez de cinematecas.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Livros sobre fanzines, os meus (II) - Comic Fanzine Price Guide
















Como acontece nas mais diversas áreas com quaisquer peças coleccionáveis, as da BD - revistas, álbuns e fanzines - os exemplares mais antigos ou os mais raros atingem valores elevadíssimos.

Mas é exactamente aí, nesse pormenor, que surgem as dúvidas, tanto aos coleccionadores como aos proprietários dos exemplares em relação aos valores dificilmente calculáveis, em especial aos dos fanzines de banda desenhada, publicações inseridas num quadrante alternativo menos visível.

Terá sido essa preocupação de Robin Dale que o levou a elaborar um guia de preços destes magazines amadores, embora restringidos aos editados nos Estados Unidos da América.

Assim surgiu, em 2011, este Guia de Preços de Fanzines de Banda Desenhada, (tradução livre por este blogger) cujos editores afirmam, na contracapa: "is the first and only compreehensive price and information guide for comics fanzines (...)"

Trata-se, inequivocamente, de uma obra utilíssima, que terá implicado alguns anos de pesquisas.

Ficha Técnica
Dale's Comic Fanzine Price Guide
1ª edição - 2011
Dimensões: 15x23cm
176 páginas
Editor: Amdale Media LLC
Cincinnati, OH 45212
Impresso nos Estados Unidos da América
Capa brochada

terça-feira, 10 de maio de 2016

Classe Média





Logo pelo jogo malandro da sobreposição das imagens - com recurso a uma estratégica folha de acetato que se levanta para deixar ver o exibicionista - se percebe o género do fanzine Classe Média.

"Absinto" (curioso pseudónimo), fez furor com apenas dois números editados deste zine de BD. Para mais, o conteúdo é praticamente todo do editor/autor (exceptuando curta colaboração de Pedro Brito). Vejam-se os títulos de algumas das bedês assinadas por Absinto: "Ratos de Laboratório com Eugénio Cucafudida (sic)", "História de Merda", "Lagartichamento", "Bixânus". O avacalhamento e originalidade pode começar logo pelos títulos, como se vê. E acabar na última página, onde se apresentavam capas de alguns fanzines editados à época, sob a frase: FANZINES: uma pequena minoria mas que faz um barulho do CARALHO (exactamente com estes destaques, ora bem).

Absinto (sei o nome real mas não digo), um jovem autor que mudou para outras vidas mais compensadoras, economicamente falando, faz muita falta à banda desenhada alternativa, logo, aos fanzines.

Marcos Farrajota colaborou neste segundo número com um texto crítico intitulado "Tretas". Dizia ele: "Daqui a uns dias? meses? sairá no Comtrastes (*) nº2 um texto meu, em que digo mal (para variar) dos fanzines. Dos poucos que não digo mal, foi este aqui que você, inteligente leitor, está a ler. Este fanzine sim, faz um barulho do caralho, e não todos os outros que o Absinto decidiu homenagear na contra-K."

Nota: Os ditos cujos com capas reproduzidas na contra-K eram, entre outros: Banda (do Rui Brito, Jorge Deodato e um ou outro cinzento que nunca ninguém conheceu)), GASP (do Diniz Conefrey), Controlo Remoto (do José Carlos Fernandes),, Art Nove (do Miguel Jorge), Almada BD fanzine (do Grupo Bedéfilo Sobredense, liderado por Luiz Beira), O Uivo da Selva (do Nuno Nisa), Azul BD Três (da dupla Rui Brito e Jorge Deodato e de mais um anónimo cinzento), Dossier Top Secret (do Vítor Borges), Mesinha de Cabeceira (do próprio autor da crítica, ah ganda Marcos!), Boletim CPBD (desta vez dirigido pelo muito jovem João Fazenda), Shock (do Estrompa, nem este escapou à razia do Marcos F.) e outros.

(*) Sim, com... trastes

Classe Média nº2
Formato A4
Data da edição: Novembro de 1994 (*)

Editor: Absinto 

 (*) Amostragem de edições antigas da minha colecção

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Fanzine com banda desenhada colorida por café








Os fanzines são o tipo de edição propício a experiências de todos os géneros, sejam gráficas ou cromáticas.

Neste caso, o argumentista Miguel Costa Ferreira resolveu contar a curiosa história da descoberta do café, bem como as suas peculiares características que o homem tem aproveitado de forma assaz positiva, ou seja, como um saudável estimulante.

Para a transformar em arte sequencial, Miguel apoiou-se em João Sequeira, um ilustrador com talento e imaginação, que decidiu colorir com café a banda desenhada sem título, mas que o actual editor do Tertúlia BDzine, Álvaro, resolveu - e bem - intitular "Café".

Resta acrescentar que o Tertúlia BDzine é, até ao momento, o fanzine português de banda desenhada com maior quantidade de edições, visto que tem 183 números publicados.

Ficha técnica
Tertúlia BDzine 
181 - 7 de Outubro de 2014
Fanzine aperiódico
Tiragem: 50 exemplares
Distribuição gratuita na Tertúlia BD de Lisboa
Colaboração de João Sequeira (desenho) e de Miguel Costa Ferreira (texto), autores da bd "Café"
Edição da Tertúlia BD de Lisboa
Editor: Álvaro